[ Pobierz całość w formacie PDF ]

considerado ótimo por 7% dos quinhentos entrevistados, bom por 29% e regular por 30%;
era mau apenas para 7%, péssimo para 12% e 9% não sabiam responder. Assim, entre óti-
mo/bom e regular, o governo tinha aprovação de cerca de 66% dos eleitores da capital de
São Paulo. (Naqueles dias, como vimos, na capital paulista, ocorreu uma das maiores ma-
nifestações contra o governo.) A insuspeita pesquisa foi encomendada pela Federação do
Comércio do Estado de São Paulo, uma das entidades que apoiaram ostensivamente o gol-
pe. Jornal da Unicamp, edição 204, 24 fev. a 9 mar. 2003. Sem retirar dessa pesquisa (par-
cial) conclusões maiores sobre a  popularidade de Goulart , ressalte-se, no entanto, que a
cidade de São Paulo não tem sido, desde os anos 50, reduto de candidatos  progressistas . O
PTB nunca teve ali uma base eleitoral forte e a capital  bem como o conjunto do estado
 tem se notabilizado por eleger candidatos conservadores; para lembrar alguns deles,
Adhemar de Barros, Jânio Quadros (por diversas vezes), Carvalho Pinto, Paulo Maluf. Lem-
bre-se que na eleição de 1989, a vitória do pseudo  caçador de marajás F. Collor de Melo
apenas foi possível em virtude do contingente de votos que obteve no estado de São Paulo.
21
O sociólogo Herbert de Souza (Betinho), cujas opiniões nunca poderiam ser considera-
das de  esquerdistas ou de  radicais , numa entrevista, ponderou o seguinte:  Acho que
houve falta de direção política articulada com a resistência militar. Se as tropas de Mourão
tivessem sido atacadas, elas se entregariam. Se esse movimento tivesse sido abortado lá, o
General Amaury Kruel continuaria em cima do muro. O II Exército não se definiria, a Vi-
la Militar não desceria, e, provavelmente, o golpe teria outro resultado . In MORAES, D.
de. A esquerda e o golpe de 64. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1989.
Artigos de Werneck Sodré, Jacob Gorender e J. Quartim de Moares sobre essa questão se
encontram em TOLEDO, C. N. de. (Org.) 1964: visões críticas do golpe. Democracia e re-
formas no populismo. Campinas: Ed. Unicamp, 2001.
Artigo recebido em 3/2004. Aprovado em 5/2004
28
Revista Brasileira de História, vol. 24, nº 47 [ Pobierz caÅ‚ość w formacie PDF ]

  • zanotowane.pl
  • doc.pisz.pl
  • pdf.pisz.pl
  • gim1chojnice.keep.pl